terça-feira, agosto 15, 2006

A desconfiança


Sombras de desconfiança enegrecem o meu pensamento e ferem o meu coração. Cada ausência tua transforma-se numa tortura cruel. Preciso de respirar o ar que respiras. Sem ti sinto-me a sufocar. É assim que justifico este tormento que me está a minar e que me vai despedaçar.

E tu nem vês. Não vês a hemorragia do meu amor que me está a matar lentamente. Não sabes que cada silêncio teu é um grito ensurdecedor que ecoa e me magoa. Porque sei que, mesmo estando a meu lado, estás noutro lugar.

As dúvidas irrompem e correm furiosamente como um rio selvagem que destrói tudo à sua passagem. E deixo-me ir nele numa frágil jangada.

Não sei se chegará à imensidão do mar inteira...