sábado, setembro 30, 2006
O desespero
Cuspir palavras de amor
No rosto da pessoa que amamos.
Despejar um perfume de dor
Através dos gestos que atiramos.
Uma rainha querer ser.
Com mentiras sempre brincar.
Tentar te enlouquecer
Quando já não consigo respirar.
Estar contra ti para existir.
Embrenhar-me de todo o mal
Que um dia me fizeste sentir.
Transformar-me num jogo fatal.
Perante ti irei partir
Os espelhos onde se reflectia,
Sempre a oprimir,
O teu olhar que me perseguia.
Apagarei sem lamento
A tua alma da minha.
Desaparecerá o meu tormento
Quando chegar esse dia.
Que importam urnas de cinzas cheias?
Este pensamento que me aliena?
Cortarei com frieza minhas veias
Para matar o peso da minha pena.
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13 comentários:
Angela, saiba que tenho profunda admiração pelos poetas que fazem da escrita uma arte. Se essa poesia for sua parabéns, se não for, gostaria de saber o autor. Agora quando quizer me elevar no mundo das poesias, certamente esse é o lugar. Forte abraço Angela e fique sempre com Deus. Bjão!!
Esse é o meu fado favorito... que boa surpresa. Vou voltar a visitar os teus esboços com toda a certeza :)
Percebi que o poema foi escrito por ti.
É sabido que os poetas são uns aldrabões. O teu poema, por isso, pode ser fantasia poética ou não.
Se não o é, fico preocupado com o sentido que depreendi da sua leitura. Vê lá rapariga... há quem goste muito de ti.
Em qualquer dos casos é um bom poema, que gostei muito de ler.
Um beijo.
Angela querida
as poesias aqui postadas são de sua autoria?
Belas e tristes...
Gosto de me banhar nessas palavras suas
lindo final de semana flor
beijossssssssss
Angela, belíssimo e sofrido poema, esse seu, q/mto me agradou, pois como uma bela Alma Lusa, q/tem o Fado nas veias...só poderia transmitir tais sentimentos. Apesar de opiniões contrárias, um poeta não é um "aldrabão", mas sim um arauto do coração e das dores do mundo q/gira dentro e fora dele, poeta é apenas um "fingidor de palavras", não necessarimente um "protagonista das suas palavras"... Fernando Pessoa e Florbela Espanca são duas de nossas grandiosas referências.
Lindo poema de Amália, fado do nosso destino, mto bem escolhido.
Parabéns Angela, mto grata pela visita ao Recolhendo Farpas, qdo tiver oportunidade passe no meu outro "canto de poesia" o "Flores Selvagens".
Voltarei sempre, pois gosto da sua Alma de Poeta.
Um beijão
Anna
Olá. Obrigado pela visita. E andei por aqui olhando os poemas que estão colocados.
Fica bem.
Um beijinho para ti.
Manuel
Minha querida... esta é uma daquelas vezes em que fico sem palavras... Não sei mesmo o que dizer, transmitir-te aquilo que sinto ao ler-te. Vou dizer uma só palavra, que talvez seja pouco, mas foi a primeira em que pensei: SUBLIME!
Beijo grande, da tua amiga super orgulhosa!
Fiquei muito feliz Angela com sua visita e com o comentário tão agradável.
Cheguei aqui e me deparei com um lugar de poesias lindas e sensíveis e mais encantada ainda fiquei quando vi que já estou linkada aqui.
Farei o mesmo contigo.
grande abraço
Lindos seus poemas querida Angela.
Muito feliz com sua visita e espero muito que regresses para um cafezinho.
Bjs do amigo do Brasil... ZC**
Angela:
Eu creio que as lindas palavras que brotou no seu lindo poema sejam suas e verdadeiras.
Os sentimentos quando sentidos, sentem-se enão saiem por acaso.
Eu também gostava de escrever assim poesia e tento, mas a pouca que me sai, nem mesmo sobre a capa do blog, tenho a coragem de publicar, por sentir que a qualidade é má comparativamente á sua e de outros blogs que a fazem com tanta eloquência.
Continue a encantar-nos
Um beijo.
Divinal mesmo cada dia que passa mais encanto e sentimento.
Beijinho...Tics
Lindo, é simplesmente a palavra q me ocorre neste momento...
Parece q não sou só eu q transmito os meus estados de alma...
Sublime
Beijinho e que paz entrar aqui no teu cantinho!
Dark... mas fantástico, melancólico e poderoso... belo poema... doce...
Parabéns
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