quinta-feira, novembro 02, 2006

O entreacto



Porque tenho eu de viver
Todos os dias até morrer?
Porque não posso adormecer
E acordar quando bem me apetecer?

Convidaria um dia a morte
Para ter uma nova sorte.
O mundo, num instante, pararia
E num dia de Verão recomeçaria.

Numa pausa por mim escolhida,
Descansaria a minha esperança perdida
Para renascer com mais energia
E conviver comigo em harmonia.

Durante este meu suicídio consciente,
Tu estarias sempre presente
Para, quando eu de novo acordar,
Saber que não me esqueci de amar.

E se, neste entreacto da minha vivência,
Alguém sentir falta da minha existência
Dirás: "Ela apenas está a dormir
Para tranquilamente se reconstruir."

17 comentários:

Unknown disse...

Como também eu gostava de adormecer...
Num longo sono hibernar!
Não ter que que em certos momentos viver,
E quando me apetecer acordar!

Adorei, como sempre minha querida amiga!
Beijinhos enormes e não adormeças! Precisamos de ti!

Anónimo disse...

Como é maravilhoso te ler, não tenho tido tempo para comentar ,mas sempre tenho ca vindo te ler.
Sera sempre um enorme prazer cá vir te ler , e nunca me cançarei de te dar os meu parabéns pale tua escrita.
E não palavras que descrevam o prazer que tenho em ler a tua poesia.
Beijinho ...tics

Anónimo disse...

Lindo... Adorei o "poema"
Realmente é uma ideia fantastica, descansarmos da vida sempre que ela nos maça...

OLHAR VAGABUNDO disse...

porquê???
beijo vagabundo

Carlos Henriques disse...

Que lindo este poema, assim como basicamente todos os outros...

**beijos**

Maria disse...

E será que não é um adormecer? O tal descanso eterno?
O acordar em outro espaço...

Mas sem dúvida que era uma ideia brilhante

LINDO

Beijo

FF

Plum disse...

Porque é tão bom acordar todos os dias!mesmo que por vezes os problemas teimem em se apoderar de nós não há nada melhor que acordar e sentimo-nos vivos!!!abraços!*

Anónimo disse...

Não, eu não gostaria de adormecer, gosto da vida mesmo sabendo que um dia a morte chega...
Lindo dia flor
beijosssssssssss

mnemosyne disse...

Um poema muito bem concebido! Um beijo :)

PAULO SANTOS disse...

Querida Angela

Um post fabuloso!
Amei!

paulo

Daniele disse...

Minha Adorável Amiga Angela,
Nesse seu poema eu me vi.
Retrataste em seu lirismo perfeito, a busca incessante em reconstruir-se, no adormecer.!
Divino, Sublime...
Uma elegia a metáfora Morte.!
Beijos poéticos e saudosos,
Dani.

Tino disse...

Já pensei nisso...mas depois dei conta que não existe tempo na realidade e que só se vive o exacto momento em que se está. Não sou da opinião que se viva como se fosse o último, para mim é sempre o primeiro para que não se nuble com os antecedentes :) beijoquinha grande***

Nilson Barcelli disse...

O teu blog custa a abrir... mas acho que já comentei... se sim, elimina este comentário pf.
A reconstrução, se necessária, deve ser feita acordada.
É só a minha opinião, claro...
De resto o poema está bem escrito, sendo embora bastante melancólico.
Um beijo.

João Filipe Ferreira disse...

hoje apenas te vou responder à primeira frase:
tens q viver, pk tens que nos continuar a encantar com tua escrita. cada dia que passo e cá venho me deslumbro com tremenda poesia.. escreves mm MARAVILHOSAMENTE bem:)
e tens q editar um livro pa eu comprar pa me deliciar ao folhear:)

Al Berto disse...

Olá Angela:

Muito bonito e muito introspectivo.
Não concordo muito com o conceito.
Há muitas vitórias que não são mais do que derrotas anunciadas.
O tempo encarrega-se de demonstrar isso mesmo.
E há as vitórias imorais... que também sendo vitórias, não passam de profundas derrotas.

Viver é mais fácil do que se imagina... a verdadeira sabedoria está em saber viver.

Um beijo,

vf disse...

Viver para sonhar
Sonhar para inspirar
Hibernar para acordar
Recordar para relembrar
O tempo que posso reavivar
O momento que irei amar
Simplesmente para acordar
E existir novamente,
Uma viagem pela consciência de uma inconsciência entre o ausente e o presente, entre o acordar e o hibenar para amar.

Um abraço,
Marco António

Anónimo disse...

maravilhoso :)